Na terça-feira, o Ministério Público Federal da Suíça (BA) apresentou acusações contra os criadores do conto de fadas da Copa do Mundo de 2006. A BA acusa os ex-presidentes da DFB Wolfgang Niersbach e Theo Zwanziger, o ex-secretário geral da DFB, Horst R. Schmidt, e o ex-secretário geral da FIFA, Urs Linsi, de “falsificar fraudulentamente o objetivo real de um pagamento de 6,7 milhões de euros”.
Ao mesmo tempo, o BA anunciou que o processo contra o então chefe do Comitê Organizador, Franz Beckenbauer, havia sido suspenso e continuaria separadamente. A razão para isso é o estado de saúde de Beckenbauer, que, de acordo com a BA, “não permite a participação ou questionamento na audiência principal perante o Tribunal Criminal Federal”. Isso poderia atrasar todo o processo – e levá-lo a ser descontinuado devido ao prazo prescricional.
A BA abriu processo contra os réus em 6 de novembro de 2015. Até o final de abril de 2020, o Tribunal Criminal Federal de Bellinzona deve emitir uma sentença de primeira instância, a fim de evitar o prazo prescricional. O BA deixou inicialmente em aberto as sanções que ameaçam Zwanziger, Schmidt e Linsi (fraude em cumplicidade), bem como Niersbach (auxílio e cumplicidade na fraude) a pedido da SID.
Em termos concretos, trata-se dos 6,7 milhões de euros que presumivelmente foram transferidos em 2005 do Comitê Organizador da Copa do Mundo da Alemanha para o ex-técnico da adidas, Robert Louis-Dreyfus, por meio da FIFA. Exatamente a mesma quantia havia sido enviada ao Catar três anos antes, na forma de contribuições preliminares de Beckenbauer, a figura central de todo o escândalo, e Louis-Dreyfus para Mohamed bin Hammam, ex-funcionário do escândalo da FIFA.
Para a transferência para a FIFA, os organizadores da Copa do Mundo de 2005 falsificaram deliberadamente um evento (programa cultural da Copa do Mundo). No entanto, como a DFB mais tarde também reduziu os impostos como resultado da ocultação do pagamento, o Ministério Público também investigou a suspeita de evasão fiscal.